quarta-feira, 23 de abril de 2014

XILOGRAVURA

 

No vídeo (cujo link encontra-se abaixo) exibido no Programa Globo Rural, podemos acompanhar como é o processo de confecção de uma matriz de xilogravura, que vai ilustrar a capa dos folhetos de literatura popular ou cordel.


 

terça-feira, 15 de abril de 2014

LITERATURA DE CORDEL - Francisco Diniz



Literatura de Cordel
É poesia popular,
É história contada em versos
Em estrofes a rimar,
Escrita em papel comum
Feita pra ler ou cantar.

A capa é em xilogravura,
Trabalho de artesão,
Que esculpe em madeira
Um desenho com ponção
Preparando a matriz
Pra fazer reprodução.

Mas pode ser um desenho,
Uma foto, uma pintura,
Cujo título, bem à mostra,
Resume a escritura.
É uma bela tradição,
Que exprime nossa cultura.

Os folhetos de cordel,
Nas feiras eram vendidos,
Pendurados num cordão
Falando do acontecido,
De amor, luta e mistério,
De fé e do desassistido.

A minha literatura
De cordel é reflexão
Sobre a questão social
E orienta o cidadão
A valorizar a cultura
E também a educação.

Mas trata de outros temas:
Da luta do bem contra o mal,
Da crença do nosso povo,
Do hilário, coisa e tal
E você acha nas bancas
Por apenas um real.

O cordel é uma expressão
Da autêntica poesia
Do povo da minha terra
Que luta pra que um dia
Acabem a fome e miséria,
Haja paz e harmonia.


[Para ouvir a versão musicada do texto ver: Projeto Cordel]

CORDEL ANIMADO - "O CANGACEIRO"

Animação de alunos da UFPE contando a vida do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião.



sexta-feira, 11 de abril de 2014

PROJETO: VIOLÊNCIA E DIREITOS HUMANOS [ # 2 ] - A LEI MARIA DA PENHA EM CORDEL

A Lei Maria da Penha em cordel, por Tião Simpatia.

A lei Maria da Penha
Está em pleno vigor
Não veio pra prender homem
Mas pra punir agressor
Pois em “mulher não se bate
Nem mesmo com uma flor”.
A violência doméstica
Tem sido uma grande vilã
E por ser contra a violência
Desta lei me tornei fã
Pra que a mulher de hoje
Não seja uma vítima amanhã.
Toda mulher tem direito
A viver sem violência
É verdade, está na lei.
Que tem muita eficiência
Pra punir o agressor
E à vítima, dar assistência.
Tá no artigo primeiro
Que a lei visa coibir;
A violência doméstica
Como também, prevenir;
Com medidas protetivas
E ao agressor, punir.
Já o artigo segundo
Desta lei especial
Independente de classe
Nível educacional
De raça, de etnia;
E opção sexual...
De cultura e de idade
De renda e religião
Todas gozam dos direitos
Sim, todas! sem exceção
Que estão assegurados
Pela constituição.
E que direitos são esses?
Eis aqui a relação:
À vida, à segurança.
Também à alimentação
À cultura e à justiça
À saúde e à educação.
Além da cidadania
Também à dignidade
Ainda tem moradia
E o direito à liberdade.
Só tem direitos nos “as”,
E nos “os”, não tem novidade?
Tem! tem direito ao esporte
Ao trabalho e ao lazer
E o acesso à política
Pro Brasil desenvolver
E tantos outros direitos
Que não dá tempo dizer.
E a Lei Maria da Penha
Cobre todos esses planos?
Ah, já estão assegurados
Pelos direitos humanos.
A lei é mais um recurso
Pra corrigir outros danos.
Por exemplo: a mulher
Antes da lei existir,
Apanhava e a justiça
Não tinha como punir
Ele voltava pra casa
E tornava a agredir.
Com a lei é diferente
É crime inaceitável
Se bater, vai pra cadeia.
Agressão é intolerável.
O estado protege a vítima
Depois pune o responsável.
Segundo o artigo sétimo
Os tipos de violência
Doméstica e familiar
Têm na sua abrangência
As cinco categorias
Que descrevo na sequência.
A primeira é a física
Entendendo como tal:
Qualquer conduta ofensiva
De modo irracional
Que fira a integridade
E a saúde corporal...
Tapas, socos, empurrões;
Beliscões e pontapés
Arranhões, puxões de orelha;
Seja um, ou sejam dez
Tudo é violência física
E causam dores cruéis.
Vamos ao segundo tipo
Que é a psicológica
Esta merece atenção
Mais didática e pedagógica
Com a autoestima baixa
Toda a vida perde a lógica...
Chantagem, humilhação;
Insultos; constrangimento;
São danos que interferem
No seu desenvolvimento
Baixando a autoestima
E aumentando o sofrimento.
Violência sexual:
Dá-se pela coação
Ou uso da força física
Causando intimidação
E obrigando a mulher
Ao ato da relação...
Qualquer ação que impeça
Esta mulher de usar
Método contraceptivo
Ou para engravidar
Seu direito está na lei
Basta só reivindicar.
A quarta categoria
É a patrimonial:
Retenção, subtração,
Destruição parcial
Ou total de seus pertences
Culmina em ação penal...
Instrumentos de trabalho
Documentos pessoais
Ou recursos econômicos
Além de outras coisas mais
Tudo isso configura
Em danos materiais.
A quinta categoria
É violência moral
São os crimes contra a honra
Está no código penal
Injúria, difamação;
Calúnia, etc. e tal.
Segundo o artigo quinto
Esses tipos de violência
Dão-se em diversos âmbitos
Porém é na residência
Que a violência doméstica
Tem sua maior incidência.
E quem pode ser enquadrado
Como agente/agressor?
Marido ou companheiro
Namorado ou ex-amor
No caso de uma doméstica
Pode ser o empregador.
Se por acaso o irmão
Agredir a sua irmã
O filho, agredir a mãe;
Seja nova ou anciã
É violência doméstica
São membros do mesmo clã.
E se acaso for o homem
Que da mulher apanhar?
É violência doméstica?
Você pode me explicar?
Tudo pode acontecer
No âmbito familiar!
Nesse caso é diferente;
A lei é bastante clara:
Por ser uma questão de gênero
Somente à mulher, ampara.
Se a mulher for valente
O homem que livre a cara.
E procure seus direitos
Da forma que lhe convenha
Se o sujeito aprontou
E a mulher desceu-lhe a lenha
Recorra ao código penal
Não à Lei Maria da Penha.
Agora, num caso lésbico;
Se no qual a companheira
Oferecer qualquer risco
À vida de sua parceira
A agressora é punida;
Pois a lei não dá bobeira.
Para que os seus direitos
Estejam assegurados
A Lei Maria da Penha
Também cria os juizados
De violência doméstica
Para todos os estados.
Aí, cabe aos governantes
De cada federação
Destinarem os recursos
Para implementação
Da Lei Maria da Penha
Em prol da população.
Espero ter sido útil
Neste cordel que criei
Para informar o povo
Sobre a importância da lei
Pois quem agride uma rainha
Não merece ser um rei.
Dizia o velho ditado
Que “ninguém mete a colher”.
Em briga de namorado
Ou de “marido e mulher”
Não metia... agora, mete!
Pois isso agora reflete
No mundo que a gente quer.


[Fonte: letras.mus.br]

PROJETO: VIOLÊNCIA E DIREITOS HUMANOS [ #1 ] - QUEM É MARIA DA PENHA?

Vídeo-entrevista sobre a vida de Maria da Penha, a mulher que deu nome à Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

DOCUMENTÁRIO - GRAFITE x PICHAÇÃO



Documentário sobre Grafite e Pichação.

ENTREVISTA - OS GÊMEOS GRAFITEIROS


Entrevista dos Gêmeos no programa Poli, da TV Cultura, em 7/7/2013.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

GRAFITE: UMA FORMA DE ARTE PÚBLICA - Valéria Peixoto de Alencar

 
Centro de Joinville, em frente à Biblioteca Municipal Rolf Colin.
Foto: Reginaldo A. de Freitas.

O grafite é uma forma de arte contemporânea de características essencialmente urbanas. São pinturas e desenhos feitos nos muros e paredes públicos. Não é simplesmente uma pichação, mas uma expressão artística. Tem a intenção de interferir na paisagem da cidade, transmitindo diferentes ideias. Não se trata, portanto, de poluição visual.

Grafia é a escrita. Nas artes plásticas, a palavra grafite, ou graffito (em italiano), significa marca ou inscrição feita em um muro, e é o nome dado às inscrições feitas em paredes desde o Império Romano. Grafismo, por sua vez, é a maneira de traçar linhas e curvas sob um ponto de vista estético.

No período contemporâneo, as primeiras manifestações dessa forma de arte surgiram em Paris, durante a chamada revolução cultural, em maio de 1968. A estética do grafite é bastante associada ao hip-hop, uma forma de expressão artística que também surgiu nas ruas.

Nos Estados Unidos, um importante artista grafiteiro foi Jean-Michel Basquiat (1960-1988). Original de uma família haitiana, Basquiat buscou, para sua arte, raízes na experiência da exclusão social, no universo dos migrantes e no repertório cultural dos afro-americanos. Ao longo da década de 1970, seus "textos pintados" tomam os muros de Nova York, principalmente nos bairros que eram redutos de intelectuais e artistas, tornando Basquiat conhecido.


Grafite no Brasil

Alex Vallauri (1949-1987) é considerado um dos precursores do grafite no Brasil. Etíope, chegou a São Paulo em 1965. Estudou gravura e formou-se em Comunicação Visual pela FAAP. Em 1978, passou a fazer grafites em espaços públicos da cidade. Produziu silhuetas de figuras, utilizando tinta spray sobre moldes de papelão.

Morou em Nova York entre 1982 e 1983. Durante esse período, também fez grafites nos muros da cidade. Em sua produção destaca-se a série A Rainha do Frango Assado, que também foi tema de instalação apresentada na 18ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1985. Sua obra foi apresentada na retrospectiva "Viva Vallauri", realizada no Museu da Imagem e do Som - MIS, em São Paulo, em 1998.

Juntamente com o grafite de Vallauri, destacam-se os trabalhos de Waldemar Zaidler e Carlos Matuck. O grupo Tupinão Dá - composto por Carlos Delfino, Jaime Prades e Milton Sogabe - é outra referência importante quando o assunto é o grafite em São Paulo. O grupo realizou performances e grafitagens pela cidade durante toda a década de 1980.

O Dia Nacional do Grafite é 27 de março e foi instituído após a morte de Vallauri, que ocorreu nesse dia, no ano de 1987.


segunda-feira, 7 de abril de 2014

INTERVENÇÃO URBANA


Intervenção Urbana é um tipo de manifestação artística, geralmente realizada em áreas centrais de grandes cidades. Consiste em uma interação com um objeto artístico previamente existente (um monumento, por exemplo) ou com um espaço público, visando colocar em questão as percepções acerca do objeto artístico. São trabalhos notadamente voltados para uma experiência estética que procura produzir novas maneiras de perceber o cenário urbano e criar relações afetivas com a cidade que não a da objetividade funcional que aplaca o dia a dia.
[Fonte: Wikipédia]


Abaixo algumas intervenções em Joinville: no prédio da antiga Prefeitura Municipal, na rua Max Colin, esquina com rua João Colin (Figuras1, 2 e 3); Figura 4, em frente à atual Prefeitura, na rua Hermann August Lepper.

 
Figura 1 - Foto: Juliana de Jesus Baumhardt

Figura 2 - Foto: Juliana de Jesus Baumhardt

Figura 3 - Foto: Juliana de Jesus Baumhardt

Figura 4

Outras intervenções pelo Brasil e pelo mundo.

Figura 5

Figura 6

Figura 7

Figura 8

sexta-feira, 4 de abril de 2014

RELATÓRIO FOTOGRÁFICO - FEIRA DO LIVRO DE JOINVILLE 2014


Objetivos:
  • Considerar outros usos da linguagem, além da linguagem verbal.
  • Compreender imagens como texto e linguagem.
  • Reconhecer a fotografia digital como importante documento no registro dos acontecimentos.
  • Desenvolver o poder de observação e síntese.

Conhecimento prévio:
  • Saber fotografar com celulares ou máquinas digitais (mesmo que intuitivamente).

Ponto de Partida: 
  • A fotografia surgiu no início do século XIX. A máquina fotográfica revolucionou os modos de pensar a arte e trouxe novas possibilidades de criação de imagens. No início, a fotografia teve mais a função de documentar momentos da vida cotidiana, mas depois, passou a ser considerada uma linguagem artística.
  • Hoje, a fotografia, e as imagens como um todo, têm dominado o nosso mundo cotidiano, seja através da televisão, cinema, internet, jornais, revistas, outdoors, redes sociais etc.
  • É notável que, cada vez mais crianças e jovens, tenham acesso a equipamentos digitais que as permitem capturar, com muita facilidade, instantes da vida.

Recursos necessários: 
  • Máquina fotográfica digital ou celulares com câmera.
  • Laboratório de Informática.
  • Editor de apresentações: PowerPoint (ou similar).
  • Data Show para apresentação.

Procedimentos e Atividade: 
  • O trabalho será realizado em grupos de no máximo 4 (quatro alunos).
  • Cada grupo selecionará no máximo 5 (cinco) fotografias que representem sua visão/opinião sobre a Feira do Livro 2014.
  • Para cada imagem selecionada, o grupo elaborará um título representativo, na forma de legenda.
  • Também o Relatório Fotográfico deverá ter um título sugestivo.
  • Elaborar um curto texto de Apresentação/Introdução sobre o trabalho desenvolvido e que sintetize a ideia do grupo sobre a Feira do Livro – no máximo 5 (cinco) linhas (digitadas).

Avaliação: 
  • Apresentação para a turma do trabalho produzido (em data a ser definida).
  • Participação, colaboração e comprometimento na atividade.
  • Criatividade na elaboração do trabalho e no uso dos recursos disponíveis.
  • Poder de síntese apresentado pelos alunos ao expor ideias através de imagens e texto.

O arquivo do trabalho deverá ser encaminhado para o professor antes ou após a apresentação (e-mail: linguaeliteratura@gmail.com).